15 de ago. de 2011

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13/03/2008


Pois o senhor nosso deus é santo. Tem que começar de algum jeito.12 de fevereiro dois mil e oito. Aliás 13 4 e meia. Quarta, outra quinta-feira de sol, outras. Rio, quase ontem carnaval. Caminhos abertos. Rompantes abertos pela avenida, carnaval foi bom, aliás todo carnaval é bom. O meu, começou ano passado. Há dez anos. Os sete livros que podem acabar sendo três. Esse milhar de certezas que infelizmente não deram na cabeça. Enterraram o burro e não deixaram o mapa. As pessoas passam junto com o vento e quando você pára pra pensar já era. Parece que foi ontem que andei no aterro com o pai. O livro começa assim. O livro é assim. Parece que ontem, esse mar de bucetas. Parece que ontem, os mantras cruéis. Quarto dia da semana que pelo menos pra Amanda, começa no shabbat. Todo dia é dia, hora 60 segundos, Tamu Juntu!. 2 os esses que faltam, 0 qualquer perspectiva. Manter o caminho na fronte. Bandeira branca, bandeira branca amor. O cão não deixa barato. È que a gente é assim, meio matilha. A gente. Vai correr ao contrário na são silvestre meu chapa! 1000, camelo na agulha, todas essas as possibilidades. Nego dorme no ponto e vira churrasco. Dormiu, o braço do rio levou. Deus, esse que dá é também aquele que tira. Eu não tenho porra nenhuma a perder. Foi e continua sendo um puta dum palmares. Mas foda-se! Tenho minhas pequenas verdades nos 7 vórtices e no círculo. Sete espadas. Aliás nem sei o que eu acabei de escrever. Poesia é assim somente, sai aos golfões e me deixa depois andar por aí sorrindo. Escorrer feito sombra, me misturo e vômito, o poeta não é mentiroso, é um puta de 157. Quase em que transformaram o 174. 31. Quase a idade do cara. E o tempo contado pra bater simenon com 526. Em 45 anos. 10 por ano com boa margem. Carioca e cismando dessa margem que apareceu aí no meio. Os milhares de símbolos, arquétipos que se interpelam. Nem cruzes, nem meia-luas. Os raios que vão pro alto e não são quadrinhos da dc ou da marvel. São quase cinqüenta passos até a esquina. e todos os 3 pontos que deixei por aí. O que não soma a gente meio que larga, entende? Arrumar uns dois contos e ir catar um teto, comida e algumas boas trepadas. Uma vela por dia tirando os dias de branco. Eu, que caminho com Exu e Oxalá, nesse dendê eu não boto a mão. As 7 linhas. De vez em quando essas contas coçam. Falei ontem com duas que quase viraram tempo. Importante é se falar o que tem no peito. Pra não dar barriga. Cuidado é preciso com o texto e com o invisível que nos acompanha. Os fios ligados não partem. Dando então arranque. As duas que me levaram até esse 2008 agora inteiro. Amor é muitos. Amor é tanto. Tanto mar, tanto mar. a palavra sai aos montes. A palavra sua pelo corpo, escorre. E é por isso que se trepa, mistura, se multiplica. Porque os 3 que botaram na parede eu não escolhi. A palavra sua e seca pelo corpo. Com vento na cara até brilho amarelo. Será que esse vai até 100? 06:00 e esse corpo suado cheirando a tabaco, toda poesia não começa assim? Podia ter pego um trabalho mais fácil. Ficar dando oito na rua é bandeira. Os zeros infinitos da lagoa ainda não me seduzem. É que fundamento tem preço, valor agregado. Esse eu roubei do supermercado. Ainda acho uns trinta anos pela frente, e vão ser muitas as palavras, elas não param. O tempo todo, os sessenta vezes as vinte e quatro, os trezentos e sessenta e cinco todos até agora. Tempo é a moeda que eu tenho. A chuva caiu lá fora. Tenho que pensar urgentemente sobre o que vai ser esse livro. Deixa pra amanhã, relaxa, bebe uma coca. Vai seguir tuas esquinas que a gente se esbarra. Será que era pra chegar em algum lugar? Sempre que leio um livro, o mais longe em que chego, é em mim. Estão abertos os trabalhos. Agora. Hoje. Enfim. Tenho 100 dias.

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